O mercado brasileiro de soja registrou movimentação intensa recentemente, com destaque para as transações no estado do Rio Grande do Sul. Enquanto isso, em outras regiões do país, as negociações ocorreram de forma pontual, em volume mais restrito. No Paraná, foram observados negócios tanto no interior quanto no porto, envolvendo produto já disponível da nova safra.
Embora as cotações tenham acompanhado a valorização do mercado de Chicago, os prêmios limitaram aumentos mais significativos. Além disso, conforme apontado pela Safras & Mercado, muitas tradings já haviam se posicionado até fevereiro ou março, reduzindo o potencial de movimentação. Os negócios realizados refletiram oportunidades pontuais no mercado.
Preços da Soja nas Principais Praças do Brasil
Confira as variações nos preços registrados em diferentes regiões:
- Passo Fundo (RS): aumento de R$ 134,00 para R$ 137,00.
- Região das Missões (RS): crescimento de R$ 135,00 para R$ 138,00.
- Porto de Rio Grande (RS): alta de R$ 139,00 para R$ 142,00.
- Cascavel (PR): incremento de R$ 125,00 para R$ 127,00.
- Porto de Paranaguá (PR): variação de R$ 134,00 para R$ 135,00.
- Rondonópolis (MT): aumento de R$ 118,00 para R$ 120,00.
- Dourados (MS): estabilidade em R$ 117,00.
- Rio Verde (GO): preços mantidos em R$ 121,00.
Contexto Internacional: Mercado de Chicago
Na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT), os contratos futuros de soja encerraram o dia com significativa alta nos preços. As preocupações com as condições climáticas na Argentina e no sul do Brasil impulsionaram as cotações. Enquanto isso, o excesso de chuvas no Mato Grosso também chamou atenção.
O discurso moderado do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, relacionado às tarifas no comércio exterior, também influenciou positivamente os preços. Outro fator relevante foi a desvalorização do dólar frente a outras moedas, aumentando a competitividade dos produtos norte-americanos no mercado internacional.
De acordo com informações da Rural Clima, as condições de chuva na região norte da Argentina nos próximos dias serão irregulares e mal distribuídas. O centro e o sul do país devem continuar enfrentando clima seco e temperaturas extremas. Essa combinação pode agravar a situação das lavouras, que já apresentam baixos níveis de umidade.
Na sexta-feira, é esperada a formação de uma frente fria na região norte da Argentina, trazendo chuvas até o sábado. Contudo, as precipitações devem ser temporárias, com o tempo voltando a abrir na sequência.
Desempenho dos Contratos Futuros
Os contratos de soja em grão com vencimento em março apresentaram uma alta de 33,25 centavos de dólar, fechando a US$ 10,67 ¼ por bushel. A posição de maio também registrou aumento, alcançando US$ 10,77 ¾ por bushel, com ganho de 33,00 centavos.
Nos subprodutos, o farelo de soja também registrou valorização expressiva. A posição de março fechou a US$ 311,00 por tonelada, um aumento de US$ 13,80 (4,641%). Em contrapartida, o óleo de soja apresentou leve queda, com contratos de março fechando a 45,77 centavos de dólar por libra-peso, uma baixa de 0,08 centavo (-0,17%).
Movimentação Cambial
No mercado de câmbio, o dólar comercial encerrou o dia em queda de 0,18%, sendo negociado a R$ 6,0312 para venda e R$ 6,0292 para compra. Durante a sessão, a moeda variou entre uma mínima de R$ 6,0143 e uma máxima de R$ 6,0566.
Considerações Finais
O cenário atual reflete um mercado de soja dinâmico, influenciado por fatores climáticos e macroeconômicos. As movimentações são impulsionadas tanto pelas condições climáticas locais e internacionais quanto pela dinâmica de mercado em Chicago e nos portos brasileiros. Essas variáveis seguem como elementos cruciais para a definição das tendências de preços e negociações nos próximos dias.