Recentemente, a China anunciou a suspensão temporária das exportações de carne bovina de três frigoríficos brasileiros, gerando preocupação no setor agropecuário. Em resposta, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) divulgou uma nota oficial informando que as empresas afetadas já foram notificadas e estão implementando medidas corretivas para atender às exigências da Administração-Geral de Aduanas da China (GACC).
As unidades impactadas pertencem a três grandes empresas do setor: JBS, localizada em Mozarlândia (Goiás), Frisa, com uma planta em Nanuque (Minas Gerais), e Bon Mart, situada em Presidente Prudente (São Paulo). De acordo com o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, o Brasil atualmente possui 126 frigoríficos habilitados para exportação. “Quando assumimos, havia 12 plantas suspensas. Retomamos essas 12 e abrimos mais 43, totalizando 126 unidades ativas. Por isso, a suspensão de apenas três plantas não deve impactar significativamente nossa relação comercial com a China”, destacou o ministro.
Auditorias Internacionais e a Importância do Mercado Chinês
A suspensão temporária ocorreu após auditorias remotas realizadas pela GACC em estabelecimentos exportadores de carne bovina do Brasil, bem como em unidades na Argentina, no Uruguai e na Mongólia. A China é um dos maiores consumidores da carne bovina brasileira, desempenhando um papel fundamental na economia do setor. A exportação para esse mercado é vantajosa, pois permite a comercialização de cortes que têm menor valor comercial no Brasil. “Os produtos exportados possuem padrões de consumo distintos, o que favorece a formação de preço no mercado interno”, explicou Fávaro.
Medidas para a Rápida Normalização das Exportações
A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec) também se manifestou sobre o caso e garantiu que está trabalhando em conjunto com o Mapa para resolver a questão o mais rápido possível. A entidade reforçou a confiança no sistema de controle sanitário brasileiro e destacou que todas as medidas necessárias estão sendo adotadas para garantir a segurança e qualidade da carne bovina exportada.
Embora a suspensão tenha gerado preocupação entre produtores e exportadores, a expectativa é que as restrições sejam revertidas em breve. O histórico de relação comercial entre Brasil e China é sólido, e os esforços conjuntos entre setor público e privado indicam que a situação poderá ser normalizada em curto prazo. Dessa forma, o Brasil reafirma seu compromisso com padrões sanitários de excelência, garantindo a continuidade das exportações para um de seus principais parceiros comerciais.