O setor de alimentação animal no Brasil segue em crescimento, com previsão de encerrar 2024 com cerca de 90 milhões de toneladas de rações e sal mineral produzidos, representando um avanço de 2,7% em relação ao ano anterior. Segundo o Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal (Sindirações), o volume registrado entre janeiro e setembro de 2024 foi de 62,6 milhões de toneladas, um aumento de 1,6% comparado ao mesmo período de 2023.
Desempenho por Segmento
Frangos de Corte
No segmento de frangos de corte, a produção manteve-se estável entre janeiro e setembro, atingindo 27,5 milhões de toneladas. A expectativa é que o setor feche o ano com 37,1 milhões de toneladas, um aumento de 1,8% em relação ao ano passado.
Galinhas Poedeiras
Para as galinhas poedeiras, houve um crescimento significativo de 6,2% no volume produzido até setembro, totalizando 5,5 milhões de toneladas. A previsão para o fechamento de 2024 é de 7,35 milhões de toneladas, um incremento de 6,5%.
Suínos
No caso dos suínos, o setor apresentou um avanço de 1,1% entre janeiro e setembro, alcançando 16 milhões de toneladas. A estimativa para o final do ano é de 21 milhões de toneladas, marcando um crescimento anual de 1%.
Perspectivas para 2025
De acordo com Ariovaldo Zani, CEO do Sindirações, o setor deve adicionar aproximadamente 2 milhões de toneladas à produção de rações, concentrados e suplementos minerais em 2025. Ele destacou que a estabilidade nos preços de insumos como soja e milho foi um dos fatores que impulsionaram a produção ao longo de 2024.
O sal mineral também desempenhou um papel importante, com uma estimativa de 3,61 milhões de toneladas produzidas, representando um crescimento de 7% em relação a 2023. Esse resultado reflete a capacidade do setor em atender às demandas crescentes do mercado interno.
Crescimento no Segundo Semestre
A segunda metade de 2024 foi marcada por uma forte reação do setor de ração animal, o que levou a um crescimento acumulado de 1,6% no período de janeiro a setembro. A sazonalidade típica do último trimestre do ano também contribuiu para acelerar a produção, devido às festividades de fim de ano e ao pagamento do 13º salário.
Ariovaldo Zani ressaltou ainda o impacto dos programas sociais no aumento do consumo de proteínas, como carnes e ovos, impulsionados pela maior renda das famílias no período. “A sazonalidade e o aumento de renda favorecem a aceleração da produção de rações no final do ano, refletindo diretamente no desempenho positivo do setor”, afirmou.
Conclusão
O setor de rações no Brasil está em um momento de expansão e consolidação, impulsionado por fatores como a estabilidade nos preços de insumos, aumento da demanda interna e iniciativas que promovem a inclusão produtiva. As projeções para 2024 e 2025 indicam um futuro promissor, com potencial para atender às necessidades crescentes de um mercado cada vez mais dinâmico e competitivo.